Presos são decapitados na quarta rebelião registrada nos presídios em 2017

Um motim em uma prisão do Rio Grande do Norte em que vários presos foram mortos marca a quarta rebelião com morte de detentos desde o início de 2017 no país. 



De acordo com informaçoes do major Eduardo Franco, da comunicação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, pelo menos três detentos foram decapitados.
"Mas o número de mortes pode ser muito maior", afirmou Franco à BBC Brasil.
A rebelião ocorreu na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, a 25 quilômetros de distância da capital, Natal. O confronto dentro do maior presídio do Estado começou na tarde deste sábado, no fim do período de visitas.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, os detentos do presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica ao lado de Alcaçuz, invadiram a penitenciária. 
No entanto, nem a secretaria e nem a Polícia Militar confirmam um confronto entre facções como a causa da rebelião.
O major Franco informou ainda que por volta das 22h de sábado os vários grupos envolvidos na controle da rebelião, incluindo grupos de operações especiais, já estavam dentro da área externa da penitenciária, mas ainda não tinham entrado nos pavilhões.
"Mas a polícia está considerando a possibilidade de entrar nos pavilhões na manhã de domingo", disse Franco.
A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania informou que Alcaçuz tem capacidade para abrigar 620 detentos, no entanto estava com 1.083. Já o Rogério Coutinho Madruga tem capacidade para abrigar 300 presos e não estava com superlotação. 

Outras rebeliões

Esta é a quarta rebelião com mortes que ocorre neste ano dentro de presídios. A primeira aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim ( Compaj) em Manaus, onde 60 pessoas foram mortas no dia 1º de janeiro.
Quatro dias depois, outra chacina deixou 33 mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. Outras quatro pessoas foram mortas na cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus. 

Fonte: istoé


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