7 mitos sobre o comportamento suícida



A Organização Mundial de Saúde define o suicídio como um ato em que o individuo causa dano ou lesão a si próprio com a intenção de morrer.  Extima se que a cada 40s uma pessoa acaba com a sua vida, e a segunda causa de morte do um grupo etário 15 a 29 anos, 75% dos casos registrados são em países pobres e de classe média. Este problema cresceu 3,4% de 2000 a 2012 e atualmente o comportamento suicida atinge 8% ao grupo feminino e 9% ao masculino. Segundo a OMS 800 mil pessoas tiram suas vidas por ano
 
Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas. A tabela abaixo ilustra os mitos sobre o comportamento suicida. O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida.

Mitos sobre o suicídio


Mitos
Verdades
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Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida.
FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.
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O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio.
FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.

As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.
FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.

Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou.
FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se "melhor" ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.
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É proibido que a mídia aborde o tema suicídio.
FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.

 
Fonte: abeps.org.br


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