Depressão: A doença que atinge 11,5 milhões de brasileiros

Algumas mudanças na estrutura cerebral podem ser consequências da depressão.
 
 Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia,usaram uma técnica conhecida como imagem de difusão por ressonância magnética, que produz imagens dos tecidos biológicos, para avaliar os cérebros de mais de três mil pessoas. A ideia era entender a relação da depressão com as mudanças cerebrais, de forma a encontrar novas formas de realizar diagnósticos e tratamentos. 

Ao analisar as imagens, os pesquisadores encontraram mudanças na substância branca cerebral dos participantes: para aqueles que tinham indícios ou diagnósticos de depressão, a substância era reduzida. O mesmo não foi observado nas pessoas que não são depressivas. A substância branca contém mecanismos importantes para a comunicação das células umas com as outras. Pesquisas anteriores relacionam questões nessa região com problemas emocionais e de raciocínio.
 
"Há uma necessidade urgente de prover tratamento para a depressão e uma compreensão melhor dos mecanismos que nos darão uma chance melhor de desenvolver métodos novos e mais eficientes de tratamentos", afirmou Heather Whalley, pesquisadora da Divisão de Psiquiatria da Universidade de Edimburg. "Nossos próximos passos serão olhar em como essa diminuição muda o cérebro e como está relacionada com mudanças de humor."

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, e 11,5 milhões de brasileiros. São sintomas de depressão:


  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
  • Desinteresse, falta de motivação e apatia
  • Falta de vontade e indecisão
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.


  • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  • Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
  • Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
  • Perda ou aumento do apetite e do peso
  • Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
  • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Se você sofre com a depressão ou conhece alguém que passa por isso, procure ajuda de profissionais da área para orientações e tratamento. Conversar sobre o assunto é a melhor forma de tirar o preconceito em torno dele e salvar vidas.

Fonte: Revista Galileu
 

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